Plano Global para a 2ª Década de Ação para Segurança Viária
A Segunda Década de Ação para a Segurança Viária (2021-2030) foi proclamada pela Organização das Nações Unidas em 1º de setembro de 2020 onde Governos de várias partes do mundo se comprometeram a trabalhar para alcançar as metas definidas. Em seguida, dia 2 de setembro de 2020 foi publicada a Resolução da Assembleia Geral da ONU 74/299 - Melhorando a segurança viária global.
No dia
28
de outubro de 2021 foi o realizado o evento de lançamento do Plano Global para
a Década de Ação para a Segurança Viária (2021-2030) onde foi descrito o que é
preciso para alcançar as metas, e apelar aos governos e parceiros para a
implementação de um sistema integrado para acompanhar o progresso dos alvos dos programas de Segurança Viária.
O Plano
Global foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas Comissões
Regionais das Nações Unidas, em cooperação com parceiros da Colaboração das
Nações Unidas para a Segurança Rodoviária e outros stakeholders.
O principal alvo declarado pela assembleia-geral da ONU para a Década de Ação para a Segurança Viária 2021-2030 é a redução de 50% das fatalidades e ferimentos graves que ocorrem trânsito dentro deste período. E para alcançar esta meta, o Plano Global dividiu em três partes o que é necessário, e descreverei estas partes resumidamente logo abaixo.
- O que fazer?
Em
primeiro lugar, vale destacar que o Plano Global rejeita que as ações se
resumam em apenas conversas entre governos e stakeholders, mas que as ações sejam
práticas e que façam um caminho para o desenvolvimento sustentável de um
sistema seguro nas estradas, tornando a Segurança Viária um valor
fundamental para as pessoas.
- Como fazer isso?
Através
da abordagem de Sistema Seguro é possível não só reconhecer, mas também ajudar
a construir um sistema em que pessoas, veículos e infraestrutura rodoviária
possam interagir de forma a garantir um alto nível de segurança.
O Plano Global para Segurança Viária descreve que o Sistema Seguro deve ser capaz
de:
- Antecipar e acomodar (mitigar ou anular) as consequências de possíveis erros humanos;
- Incorporar projetos de estradas e veículos que limitem a força de impactos a níveis que estão dentro da tolerância humana para evitar mortes e ferimentos graves;
- Motivar a participação dos agentes envolvidos no sistema viário como gestores de rodovias, projetistas e fabricantes de veículos na busca de soluções para melhorar o sistema, em vez de culpar apenas o motorista e outros usuários das vias;
- Aderir à premissa de que o sistema de transporte deve produzir zero mortes ou lesões graves, e que a segurança viária não deve ser comprometida por causa de fatores como custo ou desejo de transporte mais rápido.
- Quem deve fazer isso?
Apesar
de as agências governamentais terem a principal responsabilidade de projetar
sistemas de transportes com vias seguras e implementar planos de ações para
segurança viária, é necessário reconhecer a importância de outros atores no
desenvolvimento de um Sistema Seguro, como por exemplo: o setor privado, a
sociedade civil, as universidades e outros atores não governamentais que também
podem contribuir de diversas maneiras.
O
trabalho conjunto do poder público e das organizações privadas podem certamente
contribuir para o atendimento das Metas de Desenvolvimento Sustentável (Sustainable
Develpment Goals - SDGs) e oferecer um trânsito mais seguro para os usuários, fazendo
com que seja possível alcançar a meta de redução de 50% de sinistros fatais ou
que resultem em lesões graves.